Atualmente considerado um dos bairros mais perigosos da cidade do Rio Janeiro, Praça Seca tem uma história que vai muito além de notícias ruins e um futuro que pede mais. Principalmente paz.
Nos primórdios, o bairro se chamava Largo do Visconde de Asseca. Isso porque, Visconde de Asseca era o maior proprietário de terras na região. Visconde de Asseca, que nasceu em 1698 e faleceu em 1777, foi o principal responsável pela urbanização do bairro. Homem influente que era, ele conseguiu grandes avanços para a região.
“Muitas das terras de onde hoje em dia fica o bairro da Praça Seca pertenceram à família de Asseca, por gerações”, destaca Marcelo Borges, pesquisador e morador do bairro.
O Visconde de Asseca era Martim Correia de Sá e Benevides, filho de Salvador Correia de Sá e Benevides, que foi governador do estado do Rio de Janeiro por três vezes.
Já no século XVIII, o 4º Visconde de Asseca (Martim Correia de Sá e Benevides Velasco), evidentemente descendente do primeiro Visconde de Asseca, doou à comunidade local uma área para a criação de um jardim. O espaço ganhou o nome de Largo do Visconde de Asseca, depois Largo d’Asseca e, por fim, nomeado pela população de “Praça Seca”.
Em praticamente todo o século XX, desde a década de trinta até a de 1980, a região da Praça Seca recebeu inúmeras famílias de imigrantes portugueses. Praça Seca é considerado o marco inicial do desenvolvimento da região de Jacarepaguá. Inclusive a família do fundador do Diário do Rio, Quintino Gomes Freire.
Ainda falando de século XX e Jacarepaguá, o bairro abrigou os principais cinemas da região: o cine Baronesa e o Ipiranga. Que o futuro nos traga histórias muito melhores sobre a esta região.